PROTESTANTISMO, ESCRAVIDÃO E ABOLICIONISMO
SIMPÓSIO
8 de Novembro de 2018 . Universidade Presbiteriana Mackenzie . Brasil
Data: 8 de novembro de 2018
Horário: 9 h às 18:30 h
Local:
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Campus Higienópolis
São Paulo, SP, Brasil
Auditório Escola Americana
Rua Piauí, 130
OBJETIVOS:
1. Analisar a relação entre o protestantismo , o período escravocrata e o abolicionismo no Brasil.
2. Discutir a atuação do negro no protestantismo atual, suas lutas e conquistas.
REALIZAÇÃO:
Núcleo de Estudos do Protestantismo
Centro de Educação, Filosofia e Teologia
Universidade Presbiteriana Mackenzie
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Dr. Alderi Souza de Matos
Me. Darli Alves de Souza
Dr. Ítalo Francisco Curcio
Dr. José Alves Ribeiro
Dr.ª Lidice Meyer Pinto Ribeiro
Dr. Marcel Mendes
Dr. Mário Sérgio Batista
Dr. Silas Luiz de Souza
SOBRE O SIMPÓSIO:
Este ano marca os 130 anos da abolição da escravatura. O Brasil foi o maior território escravagista do ocidente. Dos doze milhões de escravos trazidos para as Américas, cerca de 5 milhões vieram para cá. Foi também o último país do ocidente a acabar com o tráfico, em 1850, e a abolir a escravatura, em 1888.
Nosso país foi gestado através da mão de obra escrava. O leite das amas e o suor dos trabalhadores cativos fecundou nossa terra. O sangue africano corre nas veias da maioria dos brasileiros e nossa raiz cultural é inseparável desta herança.
A escravatura pode ter sido oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, mas o legado dos mais de 350 anos permanece. Ainda hoje, o eco da escravidão é um fantasma que assombra o país, representado nas polêmicas sobre cotas para estudantes, na zona de pobreza e de violência na periferia das metrópoles, na população carcerária e até mesmo em discussões sobre a representatividade negra na televisão e nos ambientes de trabalho.
E como a igreja cristã, em especial o protestantismo se portou perante tal situação? Enquanto, em Santa Bárbara do Oeste e Americana (SP), defendia-se a permanência do sistema escravocrata, Eduardo Carlos Pereira, publicava em 1886: “Confesso que grande é minha vergonha e grande a confissão da Igreja de Cristo no Brasil, ao ver incrédulos, por simples amor a humanidade, abrirem mão de seus escravos; entretanto os que professam a fé no Redentor dos cativos não rompem as ligaduras da impiedade nem deixam ir livre os oprimidos!”
Da mesma forma, no livro de batismos de escravos (1850-1873) da Sé de São Paulo, lê-se a declaração anônima: “Batismo de escravos! Que absurdo! Pois não disse São Paulo na epístola aos Gálatas 3.27: Depois do batismo não há nem mais judeu, nem gentio, nem senhor, sem escravo. Vós sois todos um só corpo em Jesus Cristo!? Jesus Cristo não deu nome de irmão a todos os homens? É verdade: a palavra de Deus ainda não foi bem compreendida. Se o fosse não se dar-se-ia o nome de escravo a cristãos, porque é indubitável que o Cristianismo aboliu a escravidão. Vós todos ministros dessa religião cometeis um crime quando recebeis na pia batismal um inocente com a nota infame de escravo.”
Neste Simpósio, vamos nos abrir para uma discussão sobre nosso passado histórico, conhecer a atual situação do negro no país e nas igrejas e, nos aventurar a sonhar e a produzir um futuro de mais respeito e menos preconceito.
PALESTRANTES
DEBATEDORES
Membro do Conselho Deliberativo do IPM e do Instituto Histórico Geográfico SP
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